Amigos,
Ando escrevendo algumas coisas em tópicos de comunidades aqui do Orkut. Tenho recebido palavras de estímulo. As pessoas dizem que emprego bem os vocábulos.
Espero que meus leitores tenham o mesmo prazer que eu tenho quando escuto uma pessoa falar bem. Ou escrever bem. Isto me faz lembrar de meu antigo professor de Literatura. Certa vez ele contou o seguinte.
Ele morava em Vitória (ES). Lá, ele foi assistir a uma palestra de Guimarães Rosa. O grande mestre das palavras disse, mais ou menos, o seguinte:
- As palavras são como notas musicais. Vou escrevendo e sentindo o "som" delas. Se alguma não forma um perfeito "acorde" no conjunto, vou trocando até achar uma que "soa" bem.
Cito como exemplo da atualidade, as poesias musicadas por Chico Buarque. O que se sente nelas é a sonoridade, a grandeza e a plenitude do universo.
Sonho com isso.

(Altair Malacarne. Escrever. 21/12/2006.)

4.11.08

Hoje é dia de brote

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Amigos,
São Gabriel da Palha tem um tesouro quase escondido. Ele aparece bem humilde toda sexta-feira. Em algumas bancas da nossa feirinha semanal. É o nosso amado brote. O homem primitivo era um caçador-coletor. A mulher ficava em casa cuidando da prole. Ela via, muitas vezes, as crianças dormirem com fome. Nem sempre o macho trazia o de comer. Aí, ela viu que poderia plantar alimentos. Com seu amor feminino, ela conseguiu fazer a terra produzir. Inventou, assim, a agricultura. Os nossos índios até hoje têm nas mulheres a garantia do sustento da casa. São elas que plantam e colhem.
Muitos anos depois, os pomeranos vieram colonizar as terras do Espírito Santo. Logo descobriram que aqui não poderia haver trigo. O fubá era o nosso trigo. Com ele se faz a broa, que não é tão boa. Não apetece.
Entra em cena novamente o engenho feminino. As mulheres acrescentam gorduras, vegetais e frutas à mistura. Levam ao forno. Passa um tempo.
Milagre. O pessoal cheirou. Huuummm. Estava criado o brote. O pão da colônia. Todos tomaram um lauto café da manhã.

Obrigado à Mente criadora.

Abraços.


(Altair Malacarne - 17/02/2008)

(Texto postado por Isabel Goulart)

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