
AMIGOS,
Eu tinha 12 anos.
Ela, um pouco menos.
Ela chegou nu'a mudança de família que vinha para trabalharem na meia de café na propriedade de meu pai. Foram morar numa casinha humilde na beira do córrego São Domingos. Eram 2 rapazes e três moças.
Helena logo me chamou a atenção. Tinha umas pernas roliças e uma bunda saliente, sorria bonito. Era reservada. Era diferente. Meu coração havia despertado para as fêmeas, PARA AS COISAS DO AMOR. AGORA EU VIA OS PASSARINHAS VOAREM. Minha mãe logo notou meu interesse. Eu falava nela direto. Helena era meu assunto preferido. Minha residência ficava pertinho. E, para melhorar, tinha u'a irmã dela, mais velha, que era doida pra namorar meu irmão Primo. Eu era o 'pombo-correio'. Ela falava assim:
"PRIMO PARENTE, VOCÊ CUNHADO DA GENTE".
Éramos segundos primos; o que não impedia meus arroubos afetivos para com a Helena.
Em 1953, eu fui pro seminário. Só vim em casa depois de 2 anos. Meus pais já moravam em Conceição da Barra, a uns 200 km de distância. Quando cheguei, minha mãe tinha ganhado u'a menina. O velho Chico era bom na "pontaria". Perguntei se a criança já tinha nome. E fui logo dizendo que o nome dela podia ser Helena.
Assim foi. Minha irmã Helena está hoje com 54 anos.
Nunca mais soube da Helena Bergamin. Até o dia que estava dando aula na FAFIC/COLATINA e me aparece na sala de aula uma filha da Helena chamada Telma, nome da minha mulher há 40 anos. Parei no tempo. Incrível!
Como dizia meu pai:" É A SINA".
(Altair Malacarne - 21/09/2008)
(Texto postado por Isabel Goulart)
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