Romilda
Saí do seminário em 1958. Estava com 19 anos. Em 1959 fui lecionar no recém-fundado "ginásio" de minha terra natal, ainda uma vila. Estava tão "dominado" que tinha vergonha de conversar com as meninas. Fiquei ali um bom tempo e nunca tive coragem de ter alguma intimidade com elas. Nem com nenhuma. Em 1963 mudei para Colatina. Passado um tempo, achei que tinha de comprar um revólver. Me disseram que seria fácil achar no puteiro. Fui lá. Dei de cara com a Romilda, uma ex-aluna. - O Hélio "malário" me fez mal. Agora estou aqui, procurando uma melhora de vida. Que que você quer?... Romilda era baixinha, morena, cheia de carnes, bem fornida, como se dizia. Me recebeu com um sossiso. - Vamos no meu quarto. Lá a gente conversa mais à vontade. Entramos. Ela se sentou na cama. Eu a seu lado. Ela notou logo que eu estava excitado. - Que isso aí?... foi falando e logo levando a mão pra minha "vergonha". Não aguentei. Eu estava com 25 anos e nunca tinha feito sexo. Ela estava com um vestido transparente, sem calcinha. Tirei minhas roupas num segundo. Só parei a hora que veio aquela "enxurrada". - Quanta porra... Você é virgem... Nunca tinha "visto" mulher?... Quero mais... Teve mais. Teve mais por 4 anos, até eu casar. Fizemos uma amizade gostosa. Um dia, uns 5 anos depois de casado, ela foi me visitar no banco. Lembramos do passado. Agora eu tinha mulher. Mas ela, Romildinha, me introduziu em nosso paraíso.
(Altair Malacarne - 14/10/2006 )
O Batom
Agora eu tinha uma namorada pra valer. Coisa séria. Virgem. Um "passarinho" da mata. Um "beija-flor". Pra não passar vergonha, com o "pau" duro na frente dela, eu "descarregava" na Romilda. Romilda era fácil. Era só ir lá na zona, na boate "Brasília". Romilda tinha uma boceta(buceta) apertadinha, pequena. Ela me levava à loucura. Se Romilda me tivesse liberado o cu, acho que eu teria mudado o rumo da minha vida. Um dia demorei por lá. Conversei. Romilda quis saber quem e como era minha namorada. Se era sério... Que idade ela tinha... Loura ou morena? Como sempre, a trepada foi "homérica". Daquelas de gemer, gritar e dormir. Fui namorar sem jantar. Ela estava linda. Me olhou de cima em baixo. Quando chegou na manga da camisa, parou.
- Que isso? Quem botou esse batom aí? Igualzinho uma boca... Perdi o rebolado. Nem lembro o que eu falei. Acho que "botei a viola no saco" e me mandei logo. Falar o quê? Contra fatos não há argumentos.
Interessante: Um tempo depois, estávamos no carro e ela me fez um pedido estranho: - Sempre tive curiosidade pra conhecer a "Brasília". Me leva lá?
Como diz Guimarães Rosa: Coisas do amor.
(Altair Malacarne - 03/11/2006)
(Texto postado por Isabel Goulart)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário