
A CARTINHA
Em 1952, eu freqüentava a 4ª série primária (hoje, 4º ano do ensino fundamental), na escola de São Domingos. Minha professora era Aciolina Simões Espíndula (a Da. Senhora). Menino da roça, tateando os caminhos da vida, senti que estava diante de u’a mulher extraordinária, u’a professora-mãe. Ela deu novo sentido ao rumo da minha vida.
Na década de 1980, o marido dela, Clério de Alcântara Espíndula, me entregou no Banco do Brasil(Colatina-ES), a cartinha abaixo, que eu tinha remetido(numa folha de caderno) a Da. Senhora, em dia falta à aula (mantenho a grafia original):
“São Domingos, 15 de dezembro de 1952.
Presada professora
Desejo-te saúde e felicidades.
Escrevo-te esta pequena carta dando minhas notícias do tempo em que foi aluno da senhora, e ao mesmo tem... recebe-las.
Eu freqüentei dois anos na aula: a primeira vez no primeiro ano e a segunda vez no quarto ano. E com esse tempo de frequencia fiquei muito satisfeito.
Quando fui 1º ano na aula da srª aprendi bem e passei com boa nota para o segundo ano. Foi ser aluno da Dª Ana onde, bem dizer, nada aprendi. E depois passei para o 3º ano porque aprendi alguma coisa no 1º ano. E assim mesmo com uma nota muito ruín.
Aonde freqüentei 2 ano para tirá uma boa media onde passei com 82 ³/10.
E eu já sabia bem. E depois eu esqueci dos livros, e quando freqüente o quarto ano, não sabia nem tirar as provas das contas.
Aí eu me esforcei o ano todo e a srª encinando de gosto, no 1º exame tirei 51 no segundo exame amentei 19 ponto tirei 70, e agora no ultimo, espero tirar uma boa media.
Pois bem, digo com franquesa : foi a minha melhor professora no curso primário, e que talves nunca mais será minha professora. As professoras e os livros são os melhores amigo da criança brasileira. E termino esta enviando abraços do seu querido aluno:
Altair Malacarne”
Em 1952, eu freqüentava a 4ª série primária (hoje, 4º ano do ensino fundamental), na escola de São Domingos. Minha professora era Aciolina Simões Espíndula (a Da. Senhora). Menino da roça, tateando os caminhos da vida, senti que estava diante de u’a mulher extraordinária, u’a professora-mãe. Ela deu novo sentido ao rumo da minha vida.
Na década de 1980, o marido dela, Clério de Alcântara Espíndula, me entregou no Banco do Brasil(Colatina-ES), a cartinha abaixo, que eu tinha remetido(numa folha de caderno) a Da. Senhora, em dia falta à aula (mantenho a grafia original):
“São Domingos, 15 de dezembro de 1952.
Presada professora
Desejo-te saúde e felicidades.
Escrevo-te esta pequena carta dando minhas notícias do tempo em que foi aluno da senhora, e ao mesmo tem... recebe-las.
Eu freqüentei dois anos na aula: a primeira vez no primeiro ano e a segunda vez no quarto ano. E com esse tempo de frequencia fiquei muito satisfeito.
Quando fui 1º ano na aula da srª aprendi bem e passei com boa nota para o segundo ano. Foi ser aluno da Dª Ana onde, bem dizer, nada aprendi. E depois passei para o 3º ano porque aprendi alguma coisa no 1º ano. E assim mesmo com uma nota muito ruín.
Aonde freqüentei 2 ano para tirá uma boa media onde passei com 82 ³/10.
E eu já sabia bem. E depois eu esqueci dos livros, e quando freqüente o quarto ano, não sabia nem tirar as provas das contas.
Aí eu me esforcei o ano todo e a srª encinando de gosto, no 1º exame tirei 51 no segundo exame amentei 19 ponto tirei 70, e agora no ultimo, espero tirar uma boa media.
Pois bem, digo com franquesa : foi a minha melhor professora no curso primário, e que talves nunca mais será minha professora. As professoras e os livros são os melhores amigo da criança brasileira. E termino esta enviando abraços do seu querido aluno:
Altair Malacarne”
(Altair Malacarne - 2009)
(Texto postado por Isabel Goulart)